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Vitrines que vendem: como atrair clientes com apelo visual

Em podcast para o Sebrae, dei algumas dicas para os lojistas sobre vitrines, destacando temas técnicos e inspiracionais.

Clique e escute ao podcast sobre Vitrines

Você pode conhecer o conteúdo lendo o texto transcrito do Podcast "Entrevista com Especialista", que segue abaixo, ou clicar na imagem acima e escutar ao Podcast :)



ENTREVISTA COM ESPECIALISTA:


Vitrines que vendem: como atrair clientes com apelo visual


Fui convidada a dar uma entrevista para o Podcast "Entrevista com Especialista", para falar sobre vitrines, e parte desse programa de conteúdos, a qual eu participei, coincidentemente chama-se "Vitrine Sebrae".

O tema que desenvolvi foi: "Vitrines que vendem: como atrair clientes com apelo visual".


O Sebrae possui muito conteúdo disponível direcionado aos empreendedores: cursos, vídeos, podcasts e uma série de atividades que englobam todas as áreas relacionadas a um negócio. Acesse no seguinte link:


Sem mais delongas, vamos ao conteúdo!



APRENDA COMO TRANSFORMAR SUA VITRINE


Crie um verdadeiro ímã de clientes, tanto no espaço físico quanto no digital.


ENTREVISTADOR: Olá! Seja bem vindo a mais um podcast da nossa série Entrevista com o Especialista, pensada especialmente pra você empreendedor que busca crescer e se destacar no mercado. Aqui você confere dicas práticas e tendências com quem entende do assunto.


(VAMOS AOS DADOS....)!

O tema de hoje é fundamental para quem tem loja física. As vitrines são muito mais do que decoração, são uma ferramenta estratégica para atrair clientes e aumentar as vendas, seja em lojas de rua ou em shoppings.

Segundo uma pesquisa do Sebrae, 80% das decisões de compra em pontos físicos são influenciadas pela vitrine. E mais! Atualizar a vitrine pode aumentar as vendas em até 25%. Um levantamento citado pela Deutsche Welle (DW) ainda aponta que até 90% das primeiras impressões sobre produtos vêm das cores, que influenciam até 85% das decisões de compra.

Ou seja, pensar bem na disposição dos produtos, na iluminação, nas cores e na linguagem visual da sua vitrine pode ser decisivo para o sucesso do seu negócio.


E pra ajudar você nisso, convidamos Marina Lombardo, especialista com mais de 15 anos em design para o varejo e 20 anos em artes visuais. Ela vai trazer orientações valiosas pra você montar vitrines que realmente encantem e vendam.

Marina seja muito bem-vinda nesse "Entrevista com Especialista"!


MARINA LOMBARDO: Muito obrigada! É um prazer estar aqui com todos vocês discutindo esse assunto que eu amo tanto. Eu sou uma artista e uma designer apaixonada pelo varejo, de família de varejistas, e que encontrou no varejo um meio de expressar de modo artístico tudo aquilo que eu tenho como bagagem. Então é com muito muito prazer que eu participo desse podcast. Agradeço muitíssimo ao Sebrae essa oportunidade.


PERGUNTA: (Nós é que agradecemos por tá com a gente hoje, Marina!)

Como comentamos na introdução da nossa conversa, uma vitrine atrativa, estratégica e alinhada ao perfil do público pode ser decisiva para atrair consumidores para dentro da loja. Por onde começar na hora de criar uma vitrine com essas características?


MARINA LOMBARDO: Com certeza uma vitrine bem executada é uma peça chave pra atrair a atenção do consumidor. Uma vitrine, além dela ser o rosto, a face da loja, ela é a barreira entre você entrar ou não entrar numa loja. Por isso, ela tem que ser muito bem construída com uma linguagem adequada ao seu público-alvo.

Então, pra começar, o empreendedor precisa ter muito claro o objetivo dessa vitrine. É óbvio que o objetivo final de um negócio se dá sempre na venda. Todo mundo tem um negócio pra vender. Seria um pouco raso eu somente dizer que uma vitrine bem executada é uma vitrine eficiente que vende...okay isso daí todo mundo já sabe.

Uma vitrine tem que vender, mas a gente pode destrinchar isso um pouquinho melhor.

Hoje em dia a gente tem a jornada do consumidor que se faz em diversos canais, pois a gente tem esse conceito do omnichannel.

O que que é isso? É uma pessoa que trafega tanto no digital quanto no físico até ela de fato efetivar a sua compra. Por exemplo: pode ter a descoberta de um produto ou de uma marca numa rede social, o consumidor vai até o espaço físico dessa loja conhecer essa marca e conhecer esse produto, e ele pode voltar pra casa e efetuar essa compra no site. Não necessariamente nessa ordem e dessa maneira...

Então a gente tem aí essa característica de consumidor que é o Ominichannel, navegando no ambiente Figital (Phygital, em inglês) que significa: no físico e no digital ao mesmo tempo, com uma trajetória.


Como identificar meu tipo de vitrine...


Posto isso, como é que a vitrine pode contribuir? Como é que ela faz parte desse jogo? Dessas etapas? Ah, eu explico!

Como eu disse anteriormente sobre o objetivo da vitrine: o empreendedor tem que se perguntar: "A minha marca tem um posicionamento muito forte digitalmente e a vitrine seria uma experiência visual, um fortalecimento da identidade da marca, um espaço instagramável para quem visita esse espaço físico? Ela é algo algo conceitual, algo relacionado à fantasia, à cenografia, para o consumidor aproveitar aquele espaço físico; ou a minha vitrine de fato tem que destacar meu produto?

A vitrine tem que destacar minha coleção? Ela tem que ser algo mais funcional pra comunicar para o consumidor aquilo que eu posso oferecer?


São muitos questionamentos...conheça seu negócio e conhecerás sua estratégia!


Então, o primeiro ponto é você conhecer o seu público. Conhecer sua atuação no físico e no digital e saber qual que é o objetivo do seu espaço físico. Porque hoje em dia o consumidor habita em ambos, a gente não não pode desconsiderar isso.

Por exemplo: uma butique ou uma marca de luxo vende life style. Ela vende um conceito, vende um estilo. Ela pode apelar para uma vitrine que seja um pouco mais cenográfica, mais fantasiosa, expor somente um produto importante da coleção.

Diferente da grande maioria dos varejistas, ou então de uma marca menor, ou então de uma marca que vende algo que é mais funcional: a vitrine tem que ser funcional, comunicar simplesmente aquilo que ela está vendendo.

A gente tem essas duas possibilidades. Hoje em dia o ponto é: conheça o seu público-alvo e e conheça sua marca, saiba posicionar sua marca.


TÉCNICAS IMPORTANTES PARA SUA VITRINE


PERGUNTA: Quais princípios de design visual, iluminação e organização de produtos você considera mais importantes para criar uma vitrine que realmente chame a atenção e ajude a vender?


Entendendo o contexto da marca e voltando um pouco naquilo que a gente falou anteriormente, de saber o seu posicionamento, se a gente partir para uma vitrine mais funcional que evidencia o produto, a coleção, ou se aproveita do fluxo, conforme foi comentado:


  • É essencial que os produtos estejam bem iluminados na linha do do alcance do olhar do consumidor;

  • Que os displays sejam adequados e atraentes. Não é porque de repente um display ou um móvel é simples e básico que ele não vai ser atraente. Não precisa exagerar para criar alguma coisa que chame a atenção;

  • Outro ponto muito importante é precificação: costuma-se falar isso muito em piso de loja (nem tanto em vitrine): o primeiro ponto que faz uma pessoa desistir às vezes de uma compra é a precificação. Porque se você está num espaço de loja fazendo seu auto-atendimento, pegando seu produto, se não tá precificado é a primeira coisa que faz a pessoa desistir. Ela vira as costas e vai embora.

    Vitrine também é interessante estar precificada. Inclusive em algumas praças é obrigatório, em alguns shoppings (a massiva maioria dos shoppings) é obrigação você ter a precificação na vitrine.

Outra coisa que eu acho essencial é a comunicação. Se você usa gráficos indicando produto ou coleção nova, oferta, liquidação, data comemorativa, etc... a comunicação visual também é essencial porque é importante que a vitrine fale por si só.

A pessoa tem que entender, a vitrine tem que ser auto explicativa. O consumidor tem que entender aquilo que a loja tem a oferecer através da vitrine. Isso para uma vitrine funcional é de extrema importância.


Resumindo...


Iluminação, precificação, produto bem visível na altura dos olhos e em display adequado.

Eu acho que isso já é um ótimo começo.


DATAS IMPORTANTES E CALENDÁRIO... DEVO SEGUIR?


PERGUNTA: Agora, pensando no calendário do varejo e nas tendências do mercado... que dicas você daria pra quem tá nos ouvindo acertar na criação de vitrines com composições temáticas? E em que momentos vale a pena investir nesse estilo e como fazer isso de forma eficiente para atrair clientes e impulsionar as vendas?


MARINA LOMBARDO: Como foi dito, as composições temáticas são essenciais e de extrema importância quando a gente fala das datas comemorativas do calendário do varejo. O consumidor espera pela decoração no espaço comercial. Quem nunca saiu para passear e ver vitrine de Natal? Isso é esperado e é muito comum.

Então o público espera mesmo pelo Dia das Mães, São João, Páscoa, Dia dos Pais, Natal.... Enfim, é uma grande oportunidade para você chamar atenção para sua loja, para sua marca, e a grande dica que eu dou é: faça!

Faça! Não deixe de fazer, porque se você não fizer o seu concorrente, o seu vizinho, ele vai fazer e ele vai chamar mais atenção do que você.

Está certo que não é para virar uma competição de quem coloca mais luizinha de Natal, coloca mais flor.... enfim, é necessário ter aquela coerência na linguagem visual com a identidade visual da sua marca e aquilo o que cabe para o seu produto.

A grande dica que eu dou, insisto, é: faça! São datas que a gente tem muita oferta de produtos, as pessoas estão procurando e quem se comunica melhor sai ganhando.

A coerência com a identidade visual é primordial e também o que eu percebo é que uma cenografia memorável nessas datas especiais também ajuda a reter o nome da loja e o nome da marca. A lembrança do consumidor é muito muito importante e eu fortemente recomendo que pelo menos Natal e Dia das Mães, que são as datas de maior faturamento do varejo, as vitrines sejam trabalhadas.



VITRINE DE RUA x VITRINE DE SHOPPING


PERGUNTA: Agora queremos saber se o conceito da vitrine e o trabalho de composição mudam muito quando a loja está numa rua comercial ou dentro de um shopping. O que varia de um ambiente para o outro, e que dicas você daria para lojistas desses diferentes perfis.


MARINA LOMBARDO: Hoje em dia, conforme a gente conversou sobre o ambiente digital, as pessoas acabam comprando muita coisa digitalmente. Eu tenho entendido e tenho sentido que a loja de rua é muito o que a gente chama de "destino".

Então, a pessoa vai naquela loja porque ela sabe, ela conhece, ela precisa. Ela é destino, bem diferente do shopping.

O shopping se aproveita do fluxo, então, às vezes o consumidor vai pr um shopping pra comprar numa loja e acaba também comprando em outras. Ou então vai em busca de entretenimento, diversão, cinema e alimentação e a e as lojas obviamente se aproveitam desse fluxo. A gente tem aí algumas características que dão para separar e aproveitar. Não é tão simples assim, a ideia não é tão fechada desse jeito. A gente não pode colocar tudo dentro de caixinhas.


Iluminação: rua x shopping


Para começar, sobre a loja de rua: o que que acontece com a iluminação... Para trabalhar a iluminação a gente tem uma grande concorrência que é o Sol.

Então, parece que é uma coisa simples mas trabalhar iluminação na vitrine da loja de rua é complicado porque a gente concorre com a luz do Sol. Tem que ser muito bem projetado, tem que ser muito bem trabalhado, e às vezes precisa ser usado um toldo, porque além do Sol prejudicar a visualização ele pode danificar a sua comunicação e o seu produto.

À noite é diferente, chama muito a atenção uma vitrine de uma loja de rua iluminada à noite, mas de dia a gente tem esse ponto de atenção que shopping não acontece.


Dimensionamento: rua x shopping


Muita gente que vai visualizar a vitrine de rua vai estar em trânsito, em movimento; seja no transporte público, seja em carro. Então é interessante que a loja de rua abuse (abusar é uma é uma força uma expressão muito forte...) mas abuse dos grandes formatos para se comunicar. Não adianta você trabalhar muito na minúcia e ainda mais se for uma rua muito movimentada, fazer tudo ali muito no detalhe... Aquela vitrine com elementos pequenininhos, decoração muito delicada, comunicação com a fonte pequena... porque as pessoas estão passando, elas tão transitando e elas não vão enxergar.

Portanto, para chamar a atenção, um grande formato de repente é interessante.

Só observe se existe alguma regra na sua cidade. Aqui em São Paulo, capital, temos que estar atentos à Lei Cidade Limpa.


Isso já é o contrário do shopping. O shopping já tem aquela característica do fluxo mais controlado (curiosamente os shoppings têm aquele piso bem liso que é para a pessoa ter aquele caminhar mais lento) justamente para olhar vitrine.

Então, você consegue trabalhar uma decoração mais delicada, menor, a pessoa vai chegar mais perto da vitrine pra olhar. Na comunicação, a letra do texto de repente pode ser menor...

Mas tudo no shopping tem regra! No shopping existem muitas regras, por exemplo: quando você faz um projeto de vitrine é necessário enviar isso para a organização do shopping para aprovação administrativa deles. Cada shopping, cada caso é um caso. Eles vão olhar tamanho de decoração, tamanho de texto, se é adesivo interno ou externo, se pode ou se não pode.... Existem uma série de regras para serem cumpridas e aí acho que é caso a caso, projeto a projeto. Tanto pra loja de rua quanto pra loja de shopping.


TENDÊNCIAS


PERGUNTA: Hoje em dia existe alguma tendência em destaque quando falamos em disposição de produtos e design visual de vitrines? O que você percebe que tá em alta no momento, e o que os lojistas deveriam considerar para adaptar essas tendências ao seu negócio?


MARINA LOMBARDO: Sim, a gente tem tendências como na moda, como na indústria automobilística, como em qualquer área que a gente faça uso da linguagem visual.

A gente tem tendências estéticas sempre mudando, e o que eu poderia dizer é que para a exposição de produtos e para as vitrines também. Ultimamente o que eu tenho sentido, o que eu tenho visto e praticado são alguns alguns tópicos e conceitos como:


  • Clareza na comunicação: cenários mais limpos de cores chapadas e sólidas, comunicação mais clara e mais assertiva.


Isso pode ter vindo de onde? Das das próprias redes sociais, porque é nelas que o empreendedor vai expor o produto dele digitalmente. Ele precisa expor de uma forma clara. Não adianta ele misturar aquilo numa cenografia muito rebuscada que quem tá navegando não vai entender. Então a gente tem essa linguagem muito limpa vindo das redes sociais e eu acho que isso está de alguma forma contaminando sim o espaço físico.

  • Gigantismo é outra estética que vem vem sendo muito usada e isso já faz alguns anos.


São elementos gigantes dentro das vitrines como: flores gigantes, e para lojas de cosmético: já vi batom gigante, esmalte gigante...em marcas de luxo: tênis gigante...

Esse tipo de de comunicação está na moda mas podemos dizer que impressões em grandes formatos também. Isso está muito claro quando você anda em shopping: visualizar as impressões em grandes formatos, as fotos gigantes de modelos, dos produtos, tanto em vitrine quanto no interior das lojas é muito comum.


  • Uso de telas está muito em alta, uso de TVs com videos de campanha junto à disposição dos produtos e à cenografia e decoração.


  • Cores e texturas: temos que ficar de olho também em cores e texturas que que são tendências lançadas pelas grandes plataformas de pesquisa e tendências.


Tendências de cores sempre saem todo ano divulgadas em vários canais de tendência. Essas tendências de cores irão contaminar várias áreas visuais e irão perdurar por algum tempo. Além de serem reconhecidas pelo público em geral, devido às mídas digitais que dão acesso a muita informação, pulverizando as notícias.


  • Os temas específicos e estéticas vigentes para cada ano


Segundo um dos maiores canais de pesquisa e tendências, alguns temas que estão em alta hoje em dia e foram divulgados em outubro de 2024: o Cherry (cereja, a cor cereja, cor de vinho); a estética dos Pescadores, então a gente vê muita decoração de de peixe, de mar, de sereia... a Cultura Italiana como um todo, em estética de roupas, tecido, estampas, culinária, estilo de vida...

Esses são somente alguns exemplos.


Isso eu digo hoje em dia, essas tendências mudam de ano pra ano.

Então tem que ficar de olho nos canais de tendência para poder absorver essa estética e passar para o seu público, para atrair esse consumidor. O que está por aí na nas redes e nos canais de tendência vai contaminar o espaço físico de qualquer maneira, não tem jeito.



VAREJO É COMPORTAMENTO

Storytelling e Redes Sociais


PERGUNTA: O Storyteling tem ganhado cada vez mais espaço como uma forma das empresas se diferenciarem da concorrência, tanto na loja física quanto no ambiente digital. Nesse contexto, de que forma as vitrines nos dois canais podem ajudar a contar a história da marca e atrair os clientes por meio desse recurso? E que sugestões você daria pra quem está nos ouvindo acertar nesse aspecto?


MARINA LOMBARDO: Olha... eu acho que o ponto de acerto aí é a coerência e a verdade. Então, seja coerente com aquilo que você está vendendo, com a sua marca, e seja verdadeiro.

Cada cada um tem a sua história, sua marca, cada marca tem uma história. O seu seu produto pode estar no mesmo contexto que outro produto, como existem milhões e vários produtos similares... mas se você for verdadeiro e coerente com a sua história e com a sua marca, as pessoas vão se interessar mais.

O que que vai diferenciar uma empresa pra outra é a sua história.

A história de construção do negócio, é a história de construção da marca, como o próprio nome já diz: storytelling (que vem do inglês, "contar uma história").

Hoje em dia as pessoas estão muito interessadas no real, no fazer real, nos bastidores, nas pessoas que fazem aquilo acontecer, que fazem o negócio acontecer. No começo da era das redes sociais o que era importante era a perfeição. Tudo tinha filtro, as fotos eram impecáveis, aquele conto de fadas, aquela coisa na inalcançável.

Hoje em dia o foco é outro: a tendência é outra, é na verdade. O que eu aconselho para o empreendedor é a colocar como vitrine de storyteling da sua marca a sua própria história. Comunique o seu diferencial, seja verdadeiro com a sua marca. Diga o que a sua marca entrega, o que ela tem de original e o que ela tem de vantajoso para o seu cliente. Conte uma história que faça sentido pra você que assim vai fazer sentido para o seu público.


Seja coerente e verdadeiro. Eu acho que esse é o grande ponto.


PLANEJAMENTO


PERGUNTA: A gente sabe que planejar, criar e montar uma boa vitrine exige tempo e investimento. Na sua visão, com que frequência uma loja deve atualizar a vitrine pra manter o interesse dos clientes e ao mesmo tempo garantir que o lojista tenha retorno sobre esse investimento?


MARINA LOMBARDO: O grande problema é a estagnação. Quando você vê uma vitrine ou uma cenografia estagnada, parada há algum tempo, isso é muito negativo para o negócio. Porque dá a impressão de que não tem ninguém olhando para esse setor... não tem ninguém tomando conta disso, e isso passa uma imagem muito negativa.

Então é sim essa conta do famoso ROI (o retorno sobre investimento) que precisa ser feita e então um planejamento para a ação da vitrine.

Planejamento é uma palavra de suma importância porque quando você não tem planejamento seus custos se tornam muito mais altos. "Apagar incêndio" é muito mais caro do que você planejar.... a questão de mão-de-obra de confecção fica mais cara se a produção tiver menos tempo para execução de material.

Vou dar um exemplo prático: sobre a vitrine de Natal....Quando seria a época adequada para se começar Natal?

Julho! Sim...julho. Este é o mês adequado pra você começar a pensar e a conversar com o profissional que te atende para fazer o seu projeto de Natal.

Vamos supor que você vai fabricar uma cenografia customizada. Se o seu fornecedor vai fabricar essa decoração, quando fica para cima da hora é o óbvio: quanto mais o prazo está apertado, mais gente tem que trabalhar na produção, mais mãozinhas trabalhando naquela decoração. E mais mais gente trabalhando, mais alto é o custo para o empresário também.


Seguindo o exemplo do Natal...

E existe outro detalhe: sobre as importadoras que trazem as decorações de Natal. Em julho isso está sendo vendido por essas importadoras para os varejistas e vai começar a chegar no varejo para o consumidor final em outubro. Portanto, se já está vendendo na loja de varejo para o consumidor final em outubro, você já perdeu de comprar no atacado antes. Pode faltar material decorativo de Natal se for um projeto grande, e você irá pagar valor de varejo e não de atacado...

Por isso que o planejamento é sempre é essencial.


Dinâmica para troca de vitrine


  • Troca de Cenografia


Para uma nova vitrine cenográfica é interessante que haja uma data importante para seu negócio, ou comunicar o calendário do varejo, ou então de repente uma data importante para a marca como lançamento ou aniversário, uma promoção de um produto novo, etc....É o momento de um investimento maior.

Essas datas são importantes para o empreendedor ter esse investimento na vitrine, investir em cenografia e decoração.


  • Troca de produtos


A troca de produtos da vitrine depende muito do tipo de negócio, depende do giro que você precisa ter de estoque.

Por exemplo: Moda é um ramo muito ágil, então moda você troca toda semana as roupas dos manequins para ter giro, porque sempre tem muito lançamento, sempre tem muita peça em estoque.

Outro exemplo: eletroeletrônicos e decoração, joias... tipos de produtos onde a venda ocorre de uma maneira um pouco mais lenta: troca a cada 15 dias a cada 20 dias. Ou conforme chega um produto novo.

Por isso, essa é uma dinâmica relacionada ao produto, mas também depende muito de necessidade de giro de estoque, se a loja está com muito estoque "picado"...vai trocando de produto na exposição da vitrine.

Eu acho que o grande ponto de atenção é a questão do investimento na cenografia e na decoração pois isso irá gerar um custo.

A questão de troca de produto é conforme o empreendedor sente a necessidade.

Tem a questão do fluxo também: se é uma loja localizada num shopping, conforme falamos no começo, que ela não é destino...se é uma loja que tem uma clientela mais fiel você precisa trocar sempre, porque senão aquele cliente que vai sempre na loja vai sempre ver as mesmas coisas. São diversos casos.


Produto no estoque que não é visto, não é comprado!


A troca de produtos numa vitrine para uma loja que está num lugar de muito fluxo como em um shopping, onde muitas pessoas diferentes irão ver aquele produto, de repente você pode segurar um pouquinho mais, pois haverá uma boa visibilidade em questão de número de pessoas.

Temos que lembrar também que trocar vitrine está dentro da operação da loja e demanda tempo, cuidado e colaboradores.

É necessário que o colaborador troque a precificação, reposicione, limpe...

É importante considerar a disponibilidade do operacional da loja também.


ENTREVISTADOR: Perfeito, Marina! Muito obrigado por essa conversa tão rica e pelas dicas valiosas para quem quer acertar na criação das vitrines. Para a gente encerrar, que mensagem você gostaria de deixar pra quem nos acompanhou até aqui? Fique à vontade também para compartilhar alguma dica final e contar como as pessoas podem seguir o seu trabalho ou entrar em contato pra saber mais sobre esse tema


DICA FINAL


MARINA LOMBARDO: Eu que agradeço! Gostei muitíssimo dessa conversa. Para mim é um prazer falar sobre esse assunto gosto muito, de verdade.

E assim, a mensagem que eu gostaria de passar é que, apesar de funcionais, das vitrines terem uma função hoje em dia, as vitrines são um ponto de contato importante com o cliente, vimos que o espaço físico divide a atenção da jornada do cliente com um espaço digital.

Então, as vitrines, apesar de funcionais, são um lugar de sonho.

Vitrines são um lugar de prospecção de pensamento daquilo que você deseja, do que o consumidor deseja.

A vitrine é sim um lugar de fala da sua marca onde a sua marca materializa o seu discurso. Então, não torne a sua vitrine um espaço neutro...aproveite para discursar e conversar com o seu consumidor através dela, porque se as vitrines de fato não fossem um espaço de sonho e não funcionassem, a gente não teria as grandes marcas de luxo investindo tanto e pesado nesse espaço tão pequeno que é o cartão postal da loja. Invista na sua vitrine, vale muito a pena.


Conheça mais o meu trabalho no Instagram@MarinaLombarDesign


Navegue no meu site, aqui tem muita foto, para se inspirar de trabalhos que já foram feitos, aproveite e clique nesse link abaixo que te leva direto para a página sobre Vitrines:


E aproveite os conteúdos deste blog... também que tem alguns artigos ali sobre o assunto


E se quiser mandar um alô entre em contato pelo e-mail contato@marinalombardo.com.br


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